Quem namorou Ellen Ternan?

  • Charles Dickens namorou Ellen Ternan de ? a ?. A diferença de idade foi de 27 anos, 0 meses e 24 dias.

Ellen Ternan

Ellen Ternan

Ellen Lawless Ternan, também chamada Nelly Ternan, Ellen Robinson (nome de casada) ou Nelly Robinson (3 de março de 1839, Kent - 25 de abril de 1914, Fulham) foi uma atriz inglesa famosa pela sua relação amorosa com Charles Dickens.

Ainda muito jovem quando conhece Dickens, passa a viver sob a sombra do prestigioso amante que entende manter a relação em segredo. Ela viaja bastante com ele e frequenta bastante as irmãs do amante, particularmente a que vive em Itália.

Dickens subiu na carreira, enquanto que Ellen deixou os palcos em 1860 e viveu mais ou menos na clandestinidade até à morte do amante em 1870. Alguns anos mais tarde Ellen casa, sem nada revelar de seu passado, com o reverendo George Wharton Robinson, de quem teve dois filhos. O casal Robinson retira-se para Southsea, onde Ellen permaneceria mesmo após a morte do marido.

Somente após a sua morte em 1914 é que os seus filhos tomaram conhecimento do passado da mãe. Gladys, a filha mais nova de Ellen, mostrou-se indulgente, mas Geoffrey, o filho militar, manteve algum ressentimento e nunca mais quis lembrar a mãe.

A crítica não se mostrou indulgente para com ela, pelo menos até 1917, quando Kate Perugini (Katey), a filha Dickens, contou detalhes sobre a ligação amorosa entre ele e Ellen Ternan à biógrafa Gladys Storey, que então preparava um livro sobre o escritor (Dickens and Daughter). Diferentes pesquisadores, principalmente a partir de 1980, exploraram os documentos deixados por Gladys e entregues ao Museu Charles Dickens de Londres. Claire Tomalin, particularmente, fez um retrato mais positivo de Ellen Ternan. Depois, Michael Slater, tal como Lilian Nayder, confirmaram as recentes conclusões que fazem da amante de Dickens uma mulher inteligente e agradável e uma esposa devotada à sua família e interessada na vida da cidade, onde deixou uma excelente recordação.

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Charles Dickens

Charles Dickens

Charles John Huffam Dickens (Portsmouth, 7 de fevereiro de 1812 – Higham, 9 de junho de 1870) foi o mais popular dos romancistas ingleses da era vitoriana. No início de sua atividade literária também adotou o apelido Boz. As suas obras gozaram de uma popularidade sem precedentes ainda durante a sua vida e, durante o século XX, críticos e académicos reconheceram-no como um génio literário. Os seus romances e contos são extensamente lidos ainda nos dias de hoje.

Apesar de os seus romances não serem considerados, pelos parâmetros atuais, muito realistas, Dickens contribuiu em grande parte para a introdução da crítica social na literatura de ficção inglesa.

Nascido em Portsmouth, Dickens saiu da escola aos 12 anos para ir trabalhar numa fábrica de graxa para sapatos. Na altura, o seu pai encontrava-se preso numa prisão civil. Após três anos de trabalho, ele voltou a estudar, tendo depois iniciado uma carreira como jornalista. Dickens foi editor de um jornal semanal durante 20 anos, escreveu 15 romances, cinco livros curtos, centenas de contos e artigos de não-ficção, para além de ter dado seminários e feito leituras ao vivo. Dickens era ainda um escritor incansável de cartas e participou ativamente em campanhas em defesa dos direitos infantis, da educação e de outras reformas sociais.

O sucesso literário de Dickens começou com a publicação em série de The Pickwick Papers em 1836. A série tornou-se num fenómeno, em grande parte graças à introdução da personagem de Sam Weller no quarto episódio, e gerou produtos relacionados com a mesma e séries derivadas. Alguns anos depois, Dickens tinha-se tornado numa celebridade literária internacional, famoso pelo seu sentido de humor, sátira e pelas observações sagazes sobre personagens e a sociedade. Os seus romances, a maioria dos quais foi publicada em série mensalmente ou semanalmente, foram pioneiros na publicação em série de ficção, que se tornou no modelo de publicação dominante durante a Era Vitoriana. Os finais em aberto mantinham os leitores em suspense. Este formato também permitia que Dickens avaliasse a reação do seu público e muitas vezes alterava a história e o desenvolvimento das personagens em função das suas opiniões. As suas histórias eram construídas cuidadosamente e muitas vezes Dickens incluía acontecimentos da atualidade nas suas narrativas. Massas de pobres analfabetos tinham por hábito pagar um tostão para que alguém lhes lesse o episódio desse mês, o que inspirou uma nova classe de pessoas a aprender a ler.

O seu conto de 1843, A Christmas Carol continua a ser bastante popular e a inspirar adaptações em todos os meios artísticos. Oliver Twist e Great Expectations também são adaptados com frequência e, à semelhança de muitos dos seus romances, evocam imagens da Era Vitoriana em Londres. O seu romance de 1859, A Tale of Two Cities (que tem lugar em Londres e Paris) é a sua obra de ficção histórica mais conhecida. Dickens foi uma das celebridades mais famosas da sua época e era bastante procurado pelo público. No final da sua carreira, Dickens fez várias digressões onde lia as suas obras em público.

O term "Dickensian" é usado para descrever algo que faz lembrar Dickens e as suas obras, como é o caso de condições sociais e laborais precárias ou de personagens cómicas ou repugnantes.

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